ÉEEE!! O amor é como um raio galopando em desafio
Abre fendas cobre vales, revolta as águas dos rios
Quem tentar seguir seu rastro se perderá no caminho
Na pureza de um limão ou na solidão do espinho!!
O amor é um grande laço, um passo pr'uma armadilha
Um lobo correndo em círculos pra alimentar a matilha
Comparo sua chegada com a fuga de uma ilha:
Tanto engorda quanto mata feito desgosto de filha.
O amor Ágape
Deus é ágape
O amor os dois contrastes mais surpreendentes entre o amor humano, eros, e o dom sublime, ágape. Ao começar a apreciar algo da grandeza e glória do ágape, à luz da maior revelação do Novo Testamento, é inevitável que perguntemos: O coração do ser humano pode compreender o verdadeiro ágape? Acaso não somos incapazes de algo assim? A resposta é:
Somos incapazes, exceto se aprendermos de Cristo.
E todos podemos aprender com Ele. Assim afirma a Bíblia. Ao ler a descrição que Paulo faz dos sete passos na condescendência de Cristo, de Seu maravilhoso ágape que O levou a abandonar Sua morada celestial para humilhar-Se até a morte de cruz (Filipenses 2:5-8), isto pode nos parecer algo impossível. Mas Paulo diz virtualmente: “Não, não é impossível!”. “Haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus”.
Jesus não nos diz: “Contemple Minha vida caracterizada pelo ágape e se maravilhe, mas não se esforcem em vão, pois jamais você obterá algo parecido”. Não! Mas nos diz: “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como Eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis” (João 13:34). “A energia criadora que trouxe à existência os mundos, está na Palavra de Deus. Essa Palavra comunica poder e gera vida. Cada ordenança é uma promessa; aceita voluntariamente, recebida na alma, traz consigo a vida do Ser infinito. Transforma a natureza, restaurando-a à imagem de Deus” (Educação, p. 126). Nunca nos pede que façamos o impossível. Podemos, quando ingressamos humildemente em Sua escola e Lhe permitimos que nos ensine.
Mais contrastes entre dois tipos de amor
O eros ama a si mesmo. Vem como bagagem padrão no coração de todo ser humano, inclusive dos pagãos. É exaltado hoje tanto quanto foi nos tempos de Platão e dos filósofos que eram seus contemporâneos.
Tudo começa com a necessidade humana por segurança eterna. Então o apelo é egocêntrico, e permanece sempre assim. Nunca vai além do egocentrismo.
Bem parecida. Normalmente o apelo é para o nosso egoísmo natural. Parece-nos difícil concebermos qualquer outro apelo efetivo que não seja o egocêntrico.
Começa com a grande revelação do amor ágape de Deus na cruz. O apelo é para uma motivação mais elevada - amor e gratidão a Cristo. Assim não é egocêntrico.
o ágape - o amor abnegado. Muita confusão a respeito do significado do amor.
O verdadeiro amor, ágape, é absolutamente abnegado, pronto até mesmo a renunciar à salvação pessoal para o bem de outros. O modelo é o amor de Cristo, que morreu o equivalente à segunda morte. Este amor permanente no coração, expulsa o egocentrismo, a causa da mornidão, e terminará a pregação do evangelho.
Fé é “confiança” no sentido de uma busca de certeza pessoal de “salvação”. Há muito falar de “Cristo” mas, na realidade, tudo se centraliza no ego e a fé provê os meios de satisfazer a insegurança pessoal.
Muito do mesmo conceito. Fé é, quase sempre, definida nos mesmos termos que os evangélicos populares.
Fé é como uma profunda apreciação do amor sacrificial de Deus que constrange o crente a adotar o princípio celestial do amor abnegado como a motivação de todos os seus atos. Ele faz o certo porque é certo, não pela esperança da recompensa ou pelo medo do castigo.
Jesus ensinou que o amor-próprio é uma virtude - “amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Mas eles são forçados a entender mal o mandamento. O erro fundamental da imortalidade da alma desfocaliza todas as suas visões da justiça pela fé.
Jesus disse que o amor-próprio é uma virtude, um pré-requisito necessário para se mar os outros. Amor-próprio fortemente enfatizado e extremamente popular. Amor ao ego e apropriado auto-respeito são confundidos.
Jesus ensinou que a pessoa convertida amará a seu próximo tão naturalmente como amou o ego antes da conversão. Somente quando o eu é crucificado com Cristo podem os homens ter um verdadeiro sentido do próprio valor. Isto acontece quando o amor próprio, coluna central do reino de Satanás, é expelido da alma pela fé.
“Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós” I Pedro 5:7
“Orai sem cessar” I Tesalonicenses 5:17
“Não se faça a minha vontade, mas a Tua” Lucas 22:42
“O poder da escolha deu-o Deus ao homem; a ele compete exercê-lo. Não podeis mudar vosso coração, não podeis por vós mesmos consagrar a Deus as vossas afeições; mas podeis escolher servi-Lo. Podeis dar-Lhe a vossa vontade; Ele então operará em vós o querer e o efetuar, segundo a Sua vontade” (Caminho a Cristo, p. 47)
Comitê de Estudo da Mensagem de 1888